Autismo

TEA-Transtorno do Espectro do Autismo

O transtorno afeta múltiplas áreas do desenvolvimento humano, acarretando perdas na interação social, na comunicação e no comportamento, que impactam em muitos aspectos da vida cotidiana, incluindo as relações com outras pessoas e com a família e psicossocial.  Os prejuízos, se não devidamente tratados, trazem, como conseqüência, complicações tais, como, ansiedade, confusão, colapso da comunicação e falha em realizar todo o potencial de aprendizado. Ademais, subjacentes e associadas ao TEA, há diversas condições médicas que precisam ser tratadas e acompanhadas por especialistas.Os meninos são mais afetados que as meninas, numa proporção de 4:1.

Incidência

O TEA é o terceiro transtorno de desenvolvimento, em incidência, ficando abaixo, apenas, do Retardo Mental e da Paralisia Cerebral. É uma síndrome que afeta mais pessoas do que a Síndrome de Down. Ami Klin, autoridade no diagnóstico precoce do Autismo, estima que, para cada 250 pessoas, pelo menos, uma apresenta características do Autismo. Nos EUA, o CDC — Center of Dieases Control & Prevention obteve, em uma varredura, uma incidência de cerca de 1 caso de Autismo para cada 150 crianças (6,7:1000). Ainda não há um estudo conclusivo quanto à causa. Pesquisas têm relacionado o fator genético e fatores ambientais.

Sintomas

O que conforma o que é nomeado Autismo é um conjunto de sintomas:

- Resiste ao aprendizado;

- Pode rejeitar o contato físico e tender ao isolamento;

- Pode não demonstrar medo de perigos reais;

- Pode apresentar aparente insensibilidade à dor;

- Pode apresentar movimento de antebraços e mãos na altgura dos ombros (“flapping");

- Pode apresentar ecolalia (repetição imediata ou tardia de frases e sons ouvidos);

- Pode ter crises de choro e extrema angústia não discerníveis;

- Às vezes, gosta de girar objetos ou faz uso dos objetos de modo inapropriado;

- Pode apresentar comportamento social passivo, isolado ou estranho (interação social inadequada);

- Pode ter interesses restritos;

- Pode se auto-agredir;

- Pode aparentar ser surdo;

- Costuma apresentar contato visual nulo ou uma fugaz indiferença;

- Pode apresentar o "rocking" (balançar o tronco) ou outras estereotipias, e pode ter fascinação por água;

- Pode ter hipersensibilidades a certos sons e tipos de tecidos (têxteis) e restrições quanto à consistência e qualidade dos alimentos;

- É comum usar as pessoas como ferramenta;

- É comum ser inquieto ou ter comportamentos estranhos;

- Alguns têm habilidades especiais.

 

OBS: O sinal mais distintivo do Autismo está na qualidade das interações sociais, o que não é tão visível. Portanto, para se suspeitar de um possível Autismo e encaminhar a criança para um diagnóstico, não é necessário que ela apresente todos os comportamentos mencionados, ao mesmo tempo. (Fonte: SEPIA-Ipq-FM-HC-USP).

Devido a grande maioria não obter sequer diagnóstico costuma ser confundida como tendo outros problemas (deixando de receber, portanto, o tratamento adequado). Um número inquietante se encontra excluído dos direitos humanos básicos, fora do convívio social, apartado da escola e da vida comunitária.

Crianças com Autismo se tornam adultos com Autismo. É uma condição crônica que inicia na infância, manifesta-se, em geral, até os três anos de idade, e em graus variados, que vão de brando a severo, e, comumente, tem problemas psiquiátricos associados, incluindo:

- deficits de atenção;

- comportamentos auto-agressivos;

- hiperatividade, estados de confusão que podem ser mal entendidos como psicose/ esquizofrenia;

- e muitos dos indivíduos com Autismo que têm alto desempenho cognitivo são percebidos como se sofressem de distúrbios de personalidade.

As desordens do Autismo não são curáveis, mas seus efeitos podem ser bastante reduzidos. Há casos em que os sintomas se tornaram imperceptíveis, ao longo do tratamento. A resposta ao tratamento varia segundo a singularidade de cada indivíduo, porém, seja qual for o grau de comprometimento, a qualidade de vida da pessoa com Autismo melhora, se for, adequadamente, tratada. Mas, para tanto, as crianças precisam receber diagnóstico e atenção integral, multidisciplinar, especializada e permanente, o quanto antes, em suas vidas.

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